VIAGEM A OLISIPO
com 2 mil anos. Naquele tempo, chamada de Olisipo pelos romanos, que aqui viviam.
As galerias romanas ou criptopórtico estão hoje, a mais ou menos a 150 metros
do Tejo, durante o governo do imperador Augusto no sécI depois de Cristo.
Este monumento, foi descoberto depois do terramoto de 1755, sem nunca ter havido
nenhuma referência anterior à sua existência, pelo menos que tivesse chegado aos
dias de hoje. Presume-se que terá caído no esquecimento durante a idade média.
Este Criptopórtico, é uma grande plataforma artificial nivelada, sobre a qual terão sido
construídos diversos edifícios, como suporte, para se poderem defender da instabilidade
geológica desta zona.
O que está à vista, são apenas 2 terços do que se imagina que tenha sido o tamanho deste espaço, que se supõe, que terá sido usado para armazenar pequenas quantidades de produtos que depois eram enviados para o império romano, uma vez que a navegação fluvial era muito importante, o comercio também era feito por mar e rios, e Lisboa era um porto fluente. No sécXIX, a câmara municipal de Lisboa mandou estancar grande parte das galerias, e também se fizeram obras de esgotos, que as atravessaram. Valentim de Freitas, a pessoa responsável pelos registos dessa obra, foi o último a vê-las com a sua real dimensão.
Segundo o Dr António Marques, arqueólogo e Coordenador do Centro de Arqueologia, os eruditos da altura, quando encontraram o que subsistiu deste monumento milenar, encontraram-no parcialmente submerso, o que os levou a pensar que se tratavam de termas romanas. A água é pura e limpa, e advém de lençóis de água, e não do Tejo. Uma das galerias tem grande infiltração de água, foi batizada por estes eruditos como galeria das nascentes, pensou-se que as águas eram medicinais e teriam caráter terapêutico. Há conhecimento de que na época, terem havido pessoas que levaram garrafas para encher com aquela água. A água não é curativa, nem trata problemas de olhos, mito urbano antigo, seguramente ultrapassado.
Muitos segredos e aventuras, estão à nossa espera por baixo de uma cidade que fervilha apressada, mas as pesquisas avançam ao ritmo das obras, ou seja, não se pode pedir às pessoas que saiam de suas casas, para os arqueólogos investigarem, que maravilhas podem estar escondidas, por baixo dos nossos pés. Hoje foi um dia feliz. Pude ver e sentir Olisipo.
Maria vestida com Chloé, Burberry e Converse All Star / El Corte Inglês
Fotografia por João Bacelar
Maria em entrevista para a Antena1.
Abre 2 vezes por ano ao público, durante 3 dias, e começa já amanhã. Das 10h às 18h e é acompanhada por um guia.
Recomendo o uso de galochas.